Silencioso, orquestrando rituais harmônicos, expressões e intervenções sutis e gentis. Pragmático, visceral, presente: Ivan Ralston Bielawski
Se não fosse a presença inebriante da Carolina, passaria a noite olhando para a liderança do Ivan.
Time bom, alinhado, precisa de poucas palavras da liderança, que - sabiamente - não lidera tudo o tempo todo.
Orquestra de música clássica, exaurida no treino e repetição, nenhuma nota fora do lugar.
O Tuju levou o Brasil (mais um vez e publicamente) ao topo da gastronomia do mundo: Duas estrelas Michelin, uma terceira estrela verde e o prêmio de abertura do ano. Quiçá teria Ju Cariani, Tiago como sommelier premiados. Liderados, em boa parte do tempo, na gentileza do Ivan que abriu parte da sua cozinha porque não há um chef tenso, desproporcional e doente a ser escondido.
O Tuju entrega uma ideia.
Gentil, sustentável, profunda, leve, sensível e pragmática em cada detalhe.
Nunca conversei com o Ivan, além de um “boa noite” e um raro sorriso de quem está penetrado no oficio, mas cada vez que pega a lapela para comunicar o time o leio como obra viva de uma liderança a ser reverenciada e que conheço como se tivesse estado dias a fio.
O Tuju não foi feito para todos, mas o espírito do chef é o que há de melhor na democracia.
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Ps: Foto da Carolina Zwarg que me gerou alguma inveja
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